VIGILANTE É AGREDIDO AO ORGANIZAR FILA EXTERNA NO ITAÚ DE TRAMANDAÍ- RIO GRANDE DO SUL

Isto aconteceu sexta-feira  (05), no início da tarde. Um vigilante da Betron, que foi contratado e teve a carteira assinada como “recepcionista” para organizar a fila de clientes do lado de fora da agência do Itaú, em Tramandaí, recebeu um soco de um cliente, que ficou irritado quando soube que havia terminado a distribuição de fichas para o atendimento.

Mas o incidente não ficou só nisso. Um dos vigilantes que fazia a vigilância normal dentro da agência, funcionário da empresa Rudder, saiu para acudir o colega, mas antes deixou o revólver e o colete aos cuidados dos outros vigilantes que estavam com ele no posto. Agora, estaria sob risco de sofrer uma punição da empresa.

Pouco antes desse fato, o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, e a diretora Elisa Araújo tinham passado pela agência para conversar com os vigilantes e já tinham alertado a gerente, dias atrás, que o banco não podia escalar vigilante na rua. Apenas a Caixa Econômica Federal tem autorização da Polícia Federal para utilizar vigilantes do lado de fora, para organização das filas de quem recebe o benefício de R$ 600,00.

No entanto, pelo que já se viu, o Itaú está usando trabalhadores da segurança privada para fazer essa tarefa – há um limite de pessoas que podem entrar no banco, devido ao coronavírus. Para surpresa de Dias e Elisa, eles souberam que esse vigilante tinha tido sua carteira assinada como “recepcionista”.

Logo após o presidente e a diretora saírem do local, às 14 horas, encerrou-se a distribuição de fichas para quem seria atendido, conforme orientação do banco. Porém, um homem chegou, acompanhado da mulher, começou a discutir com o vigilante, querendo entrar de qualquer maneira, e agrediu o trabalhador, que caiu sobre um carro e quebrou o retrovisor do veículo.

Foi então que outro vigilante, que estava do lado de dentro e viu tudo, desfez-se dos seus equipamentos e saiu correndo para socorrer o colega. Com a situação controlada, chamaram a Brigada Militar e foi registrado o Boletim de Ocorrência. Dias adianta que segunda-feira vai voltar à agência e advertir a gerente pelo ocorrido, pois ela foi avisada que isso poderia acontecer. 

“Ele estava em desvio de função e foi agredido, enquanto o outro vigilante não pode ser punido pela empresa apenas por ter agido para conter o agressor do colega”, afirmou Dias. Este vigilante já foi recolhido do posto, inclusive. “Se ele não tivesse feito nada, vendo a agressão que acontecia, certamente seria acusado de negligência”, acrescentou Elisa. A Polícia Federal também será avisada do incidente.

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