MENTIROSO, DESONESTO E INJUSTO COM OS VIGILANTES
Um vídeo produzido e divulgado pelo Governo do Estado da Bahia abordando o tema do racismo, intitulado: “COMBATE AO RACISMO: NO BANCO” quer transformar uma categoria de trabalhadoras e trabalhadores honestos, dignos, negros em sua grande maioria, em racistas, preconceituosos e criminosos (afinal, racismo é crime).
Mediante a exposição da nossa categoria, temos o dever de nos posicionar em relação ao vídeo produzido e veiculado pelo Governo da Bahia, no dia 16 de novembro em suas mídias sócias , intitulado “Combate ao racismo: no banco”. No vídeo, um ator passando-se por um vigilante, dizendo que os profissionais de segurança privada da Bahia são racistas, veja o que diz : “a gente desconfia a abordagem tem que ser minuciosa. Você entende? Começou a dizer que eu era racista. Ah meu irmão, eu estava sendo realista. Eu fui muito bem treinado para reconhecer marginal. Quando eu estou ali na linha de frente, vagabundo nenhum entra no banco não. Ali é lugar de gente bacana. Está pensando que me engana? Para cima de mim!”
Começam a peça, numa Bahia negra, utilizando um personagem branco, de olhos azuis, barbudo (Vigilante não usa barba), que numa linguagem chula vocifera bobagens e mentiras, tipo:
• que “Vigilante trava a porta de segurança do banco”, quando a trava é automática, cabendo ao vigilante apenas destravá-la;
• aponta perfis de suspeitos, num jogo igualmente mentiroso.
Jogam nas costas do trabalhador, e não dos patrões dos bancos e das empresas de segurança, a condição de responsáveis pelo racismo estrutural reconhecidamente entranhado na nossa cultura.
Jogam nas costas dos verdadeiros profissionais Vigilantes os crimes cometidos por supostos seguranças (Atakarejo, Carrefour, etc.). Nenhum dos crimes foi praticado por profissionais Vigilantes. Escondem que tais barbaridades resultam no desprezo de empresas pela vida e pelas pessoas, em privilégio da mercadoria e do lucro.
Desconhecem que somos profissionais íntegros, que a cada dois anos temos de provar que somos honestos, a maioria negros, moradores de comunidades periféricas, mas preparados, registrados na Polícia Federal e zelosos pela vida e pela cidadania.
Jogam para debaixo do tapete a nossa condição de invisíveis (quase não recebemos um bom dia na porta de um banco ou num órgão público), discriminados social e racialmente e a todo instante vítimas de todo o tipo de agressão e violência (física, psíquica, moral, social).
O governo não teve o respeito e a honestidade de ouvir os Vigilantes para perguntarem, caso tinham alguma dúvida, de que lado ficamos: algozes, racistas ou vítimas do racismo e da violência.
Nosso repudio ao vídeo do Governo da Bahia “combate ao racismo: no banco”.
Exigimos retratação e desculpas.
Os mais de 30 mil Vigilantes e suas famílias merecem respeito.
Racismo, discriminação, preconceito, Não!
Mentira, desonestidade e injustiça, também, NÃO!