VIGILANTE: SOBRE A INOCÊNCIA OU A ESCOLHA PELO QUE NÃO PRESTA

As redes sociais são, de fato, um território interessante para o continuado e difícil esforço de compreender a mente humana, em especial quando você tem um assunto muito sério, que mexe com a “vida” de muita gente. E neste terreno há sempre lugar para se perguntar se há inocentes, distraídos ou aqueles determinados a andar com o que não presta.

Na semana passada, do nada, um “dito-cujo” foi chamado pelo presidente do sindicato dos donos das empresas de vigilância para, invariavelmente, em troca de uns “trinta dinheiros”, servir de seu porta-voz.

Tal personagem gravou um vídeo dizendo que os patrões, no processo de negociação, cuja pauta foi aprovada em Assembleias realizadas por todo o estado e apresentada ao sindicato patronal desde outubro passado (lembrando que a data-base é 1º de janeiro), já tinha apresentado uma proposta de reajuste de salário para os Vigilantes, mas que o Sindvigilantes/BA condicionava a aceitação do desconto de uma tal taxa negocial.

O grosso da categoria, já conhecendo o caráter errante do tal porta-voz, sentiu logo um cheiro de “enxofre” nas palavras e na intenção do pilantra. Mas meia dúzia começou a vociferar nas redes sociais as mentiras cuspidas pelo “dito-cujo” ou dá algum crédito, sem qualquer esforço ou cuidado de checar as informações (atas de negociação, assembleias ou mesmo o contato direito com o Sindicato). Esta meia dúzia é INOCENTE ou gosta de lixo?

Vamos aos fatos:

1)        Além das Atas das reuniões de negociação que os Sindicatos tem divulgado após cada reunião com os donos de empresas, as notas publicadas em redes sociais pela MAP e pela Única Vigilância na semana anterior dizem exatamente que “não existe acordo para salario e para nova CCT”;

2)        Por outro lado as atas de reunião de negociação nunca mencionaram taxa negocial ou qualquer outra, até porque é prematuro este debate;

Mas o pilantra porta-voz, que ataca uma suposta taxa negocial para fortalecer os nossos sindicatos, escondeu, deixou de lhe dizer que VOCE VIGILANTE JÁ PAGA COM O SEU TRABALHO TAXA NEGOCIAL PARA O SINDICATO PATRONAL, PARA FORTALECER QUEM LHE FERRA E QUE OS PATRÕES QUEREM MANTER NA CCT 2024.

Veja o que diz a CCT 2023:

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA SEGUNDA – TAXA NEGOCIAL PATRO NAL Fica pactuado que todas as empresas de segurança privada regidas pela Lei 7.102/83, autorizadas a funcionar no Estado da Bahia, pagarão anualmente, em favor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado da Bahia – SINDESP-BA, o valor correspondente a 0,5% (zero vírgula cinco por cento) do valor total do seu capital social, a título de taxa negocial, em 5 parcelas mensais e iguais, cobradas através de boleto bancário e vencidas a partir da data de assinatura da presente convenção coletiva.

O jogo pilantra foi o mesmo em 2017/2018 quando este mesmo pilantra e a sua meia dúzia fizeram muito barulho, também a mando dos patrões, dizendo que você deixaria de pagar imposto sindical (50 reais por ano), mas esconderam que você perderia (como perdeu) cerca de 3.000 (isto mesmo: TRES MIL REAIS) por ano para os patrões. Você lembra que despois da reforma trabalhista/roubo de direitos, suas férias, seu 13º salário e alguns valores salariais vieram menor. É a soma disso que dá os 3.000 por ano.

Portanto, muito cuidado.

Vigilante INOCENTE é presa fácil para bandido.

Se escolhe andar com porcos…

Por:                                                                                                                                                                                                      José Boaventura – Presidente da CNTV

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CNPJ: 14.799.068/0001-97 Sindicato dos empregados de empresas de segurança e vigilância do estado da Bahia